Desinformação Linguística
Dias atrás verifiquei que vários meios de comunicação veiculavam uma notícia à respeito de um erro de concordância verbal em um livro didático:
“Na página 15 do exemplar Por uma vida melhor, da coleção Viver e Aprender, o texto afirma: "Você pode estar se perguntando: 'Mas eu posso falar os livro?'. Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico". “ (fonte: http://www.destakjornal.com.br/readContent.aspx?id=14,96812 )
O que houve mesmo de fato foi DESINFORMAÇÃO da parte da mídia. A medida, explicada pela própria autora, está dentro das propostas do PCN baseadas em estudos lingüísticos.
Mas como assim? No livro didático em que ocorria a frase "Os livro..." havia um comentário sobre ela de que isso era de uso comum na Língua ORAL do cotidiano. O que de certa forma acontece em determinadas ocasiões, podendo essa linguagem ser utilizada. Mas por que isso? O que os Professores e demais estudiosos da Língua Portuguesa analisam e refletem sobre esse fato é que o usuário da língua(os alunos em questão) devem refletir a partir do uso da mesma. Dentro de um ambiente escolar será preconizado o uso da língua escrita e oral em seu âmbito formal. No entanto, o aluno também saberá que esse uso , apesar de ser considerado pela gramática Normativa um erro, não quebrará a lógica de sentido proposta por um locutor, ou seja, o de plural. Vários estudos sobre essa variedade lingüística destacam que o que há não é preconceito lingüístico, mas sim preconceito social relacionado a esse tipo de fala. Se pararmos para refletir usamos somente 3 conjugações no cotidiano das 6 existentes. Concordo q essa informação n deveria ser utilizada em uma série primária, mas sim estudada e compreendida por um Ensino Médio.
“Nós (a gente) vai [sic]” transmite da mesma maneira a idéia de que eu e mais alguma ou algumas pessoas iremos a qualquer lugar.
O grande e emaranhado cerne da questão é que, a maioria dos leigos desconhece a sutil diferença entre FORMOL e FORMAL. Usar a língua de maneira FORMAL é utilizá-la com base em regras encontradas nas gramáticas normativas e solicitadas em dadas ocasiões. Usar a língua com FORMOL é sempre achar que nunca existirão variedades e que ela ficará “congelada” para sempre. Como fazemos uso da última Flor do Lácio seria errado falar que ela vem do Latim? E que sofreu evolução? E que nóis pega e correge no wordi? Pq na net iscrevemos assim?
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