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Os Enrolados


Não há nada mais emaranhado do que a vida de um sujeito enrolado. Apesar de o adjetivo enrolado caracterizar para alguns uma definição de quem não está vendo a banda passar ou ainda que não quer ficar para titio ou titia; não é essa perspectiva que viemos observar em fatos cotidianos (ainda mais com um título desses que mais parece o nome de um quadro de programa de domingo à tarde). Certo dia, com seu filho passando mal, Tião se dirigiu ao pronto socorro. Ao constatar que há somente um atendente e um médico de plantão, se revolta com a situação e pergunta ao atendente.
- Quando meu filho será atendido?
- Em breve senhor. Respondeu o atendente.
Súbito, surge um velhinho de bengala e pernas bambas mal se mantendo em pé.
- O que o senhor está fazendo fora do leito? Disse o atendente.
- Preciso ir ao banheiro. Replicou o velho.
O atendente disse a Tião:
- Me ajude, leve-o ao banheiro.
Tião pensou com seus botões: - Tô enrolado.
Segurando o ancião, levou-o até o banheiro, e ele disse:
- Me ajude a abrir o fecho de minha calça.
Tião disse: Opa!!! Daí pra frente é com o senhor, eu só vou te segurar pelo braço.
Pobre senhor acabou se molhando.
E Carlinhos que ficou jogando vídeo-game a tarde toda. Chegou da casa do amigo e lembrou que tinha que construir uma maquete de algum monumento histórico de sua cidade para o dia seguinte.
- Caraca maluco, To enrolado, como é que eu faço? Exclamou o garoto responsável.
Correu até a papelaria e pegou o que pode. Foi até a garagem e pegou algumas coisas. No quintal, recolheu mais outras. No dia seguinte apresentou uma maquete de uma ruína de um prédio histórico, que havia sido incendiado.
E Dona Poliana, professora dedicada de Português. Suas aulas eram repletas de textos e seus alunos aprendiam gramática em meio a pesquisas e demais misturebas que regiam suas aulas. Quando perguntada sobre a nota da prova, aplicada há um mês (que ela nem tinha corrigido), ela desconversava:
- Não meus queridos, já tenho a nota sim é que eu tô enrolada, cheia de trabalhos e problemas que sai de casa correndo e deixei em cima da escrivaninha. Declarações essas que cruzavam o mês inteiro e que não deixavam os alunos ansiosos quanto ao seu desempenho.
E o grande Zé Rogério, formado em Marketing, estava mais uma vez saindo atrasado de casa para uma reunião a 32 km de distância. E só faltavam apenas 10 minutos para o início. Seu carro flutuava na pista. Em determinado momento seu capô se encontrou com o vidro do carro, o que o fez a começar a dirigir com a cabeça para fora da janela, meio no estilo Ace Ventura (só faltava botar a língua pra fora).Após seu capô saltar para o lado da pista lembrou que não estava no seu carro, mas sim no da empresa em que trabalhava. E pensou: - Pow o chefe vai falar pra car...tô enrolado. Pelo menos está indo para uma reunião com um carro diferente e também não irá ter problemas com falta de ar no bloco do motor.

4 comentários:

Unknown disse...

asiuhaiushasiuas..
me rio kada veiz ki leio ate u titulo "trevo sem folhas"..
eh kara..seus textos taum surpreendendu mesmu ^^
mó hilariu..
"tow inroladu!"

Unknown disse...

Cheio de ideias esse Gustavo! XD

Tudo bem com vc?

=***

G & S PROJETOS disse...

fala cara, pooo muito bom seu texto dos enrolados, bom eu me enquadro um pouco nele, pois sou meio enrolado também... rsrssrsrs

Mais ficou muito legal cara, vc domina muito bem as palavras, está de parabéns

Br Downs disse...

haha' aee professor..

' ripa da xulipa ' ..

manerão ! opskposkspokspo

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