Gripe Rodoviária

Em meio a um ambiente coberto de pandemias (gripe aviária, gripe suína...), esquecemos de uma que se alastra silenciosamente pelas vias urbanas: a gripe rodoviária.
Quem nunca sentiu sintomas dessa enfermidade dentro de uma lotação?
Vemos a situação de um trabalhador honesto, Philipi shink-ling. Quando aparece na sua frente uma senhora bem vestida e de idade avançada com um perfume adocicadamente insuportável, o sintoma se destaca, irritação no nariz seguido de espirros. Espirros e salivas jorram para todos os lados, iniciando a contaminação das outras pessoas.
Nosso companheiro de viagem (e cobaia) se desloca pra um show com o ônibus levando gente até o teto (o cheiro da lotação começa a vir à tona, haja vista o enorme número de pessoas com os braços levantados), as dores no corpo começam a surgir em meio a cotoveladas, pisadas esbarrões que indiciam o agravamento dos sintomas. Após sair da lotação, podemos vislumbrar a potência da doença, pois nosso amigo ainda se sente como um calouro de luta livre.
Na hora do Rush, quando todo mundo volta do trabalho, observamos uma crescente falta de ar, além de um ambiente propício para outras viroses. Vale ainda destacar que podemos ser contaminados de maneira direta. Philipi sentando em um banco, vê uma criança de tenra idade aproximando e debruçando sua cabeça sobre o casaco de nossa amigo. O que notamos em seguida é que o trombadinha deixou sua assinatura virótica na roupa do rapaz contaminando-o novamente.E além do cansaço proveniente de sua labuta, ainda pagam pra serem contaminados! Parece gripe de rico, mas é a realidade da maioria.