Vida de Galanteador

Jerônimo sempre foi um rapaz malandro e conquistador (desde os tempos de escola) e por inúmeras vezes era encontrado em um armário com uma menina diferente e com a mesma desculpa de que estava estudando História com ela.
Sempre baixinho e com pinta de galã, aos 16 anos tentou ter sua primeira experiência sexual na mesa de ping-pong da escola em uma noite de verão. Fracassou. A menina toda constrangida e pronta para o ato estava à sua espera, porém, só não esperava que esse candidato a garanhão do bairro, na tentativa de subir na mesa, calculasse mal seu impulso e acertasse sua cabeça na quina da mesa e começasse a sangrar.
Aos 27 anos, sentado em uma ponte com sua namorada, contava a ela como fora seu dia. Em um súbito ato de romantismo, ela lhe diz com um olhar carinhoso: - Olha que Lua bonita!
Ao observar a Lua ele afirma: - É, tá boa pra caçar tatu!
Em seguida, o sujeito é arremessado em uma árvore pela furiosa namorada, caindo em sua cabeça uma colméia de abelhas( momento Amy Winehouse).
Aos 38, já é um homem vivido, e trabalha agora como motorista particular. Sempre após o expediente dá uns pegas na empregada da casa. Mas esses "pegas" começam a ficar um pouco mais intensos para os dois nas épocas em que o patrão viaja a negócios. Em uma dessas "oportunidades-ocasiões", o casal utiliza o quarto do patrão como recinto para o ninho de amor de ambos [ui!]. Sob a luz de velas e champagne, a paixão não se torna sinônimo de cautela quanto a derrubar champagne no colchão e derrubar um candelabro em cima. Desesperadamente apagam o incêndio no colchão. Temerosos quanto ao patrão perceber o acidente, o casal corre a uma loja 24 horas e gasta sua economina e um caríssimo colchão semelhante ao avariado. De volta a casa, já suspirando aliviados, recebem um telefonema do patrão que diz: Jerônimo está tudo bem ai?
Jerônimo responde: - Sim, claro que sim patrão. O que o senhor deseja?
O patrão lhe diz: - Olha vou confiar em você hein, não vá falhar comigo ouviu? Preciso de um favor seu. Tô aqui no aeroporto, meu voo atrasou. Preciso que você me traga 5 Mil reais que deixei escondido no meu colchão. Você pode trazê-los pra mim?
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