Gangues Modernas - Parte 1

Quem nunca observou pelas ruas de hoje e de ontem, aglomerações de pessoas com gosto em comum. Algumas delas agem criminosamente e são denominadas "gangues". Outras são apenas estilizadas. Gangues são formadas pelas denominações de pessoas de fora do grupo. Ou seja, não precisam necessariamente se conhecerem para estarem catalogadas e anexadas à algum tipo de esteriótipo social. Com isso, decidi catalogar algumas que me vieram à mente:

• Gangues dos chatos de aniversário: No final dos parabéns sempre puxam um “com quem será...”, deixando as pessoas desconcertadas e sem os salgadinhos (embalados meticulosamente em sacolas e guardados no bolso).


• Gangues das filas de banco: Contaminam o ambiente com a impaciência. Identificamo-os através do mesmo assunto de conversa: “Pow ta demorando né? Ta grande essa fila!”.

• Gangues dos aposentados: Estes estão presentes nas ruas por volta das 7:00 às 21:00 e não é difícil de identificá-los, muitas vezes parecidos com o papai Smurf, jogam dominó, baralho e / ou purrinha e conversam em um círculo na praça.

• Gangues dos funkeiros: Com todo o respeito ao gosto musical alheio, mas se tornam estranhamente identificáveis ao passo que seus celulares invadem o campo sonoro das pessoas. Não sei se é algum tipo de merchan do cd novo de algum MC (o qual evidentemente faz parte de um Moto Clube) ou se é o desconhecimento da ferramenta fone de ouvido.

• Gangues dos manguaceiros: Sempre gastam grande parcela de seu salário com álcool e é reconhecido pelo estranho desfile estilo Miss / Mister Caninha pelas ruas. Ainda me questiono à respeito de alguma grande marca de cerveja lançar uma latinha com um kit glicose preso ao recipiente. Imagino que iria desbancar a concorrência.

• Gangues dos manos: Não precisa ser técnico do Corinthians para ser reconhecido como um. Basta usar roupas largas e gesticular como se tivesse querendo secar a mão, ou ainda em casos mais intensos, com paralisia infantil.